Mais uma vez, domimos cedo, aliás cedíssimo!!! Afinal de contas, 4 horas da manhã é muito cedo! RÁ!
E que raios de lugar é esse, cumpádi? Anoitece depois das 23h e o sol arrisca clarear antes das 4h!!! Pára com isso, cumpádi! Nêgo deixava a persiana do quarto aberta, atrapalhava pacas pra conseguir dormir!
Mas deixa estar.
Acho que o que mais me chamou atenção nessa segunda noite em Praga (noite de sexta) foi o fato de ter uma mina no quarto, na cama embaixo da minha, que não se importava nem um pouco com a presença de estranhos, aliás, de homens estranhos (o quarto era misto). Isso porque a dita cuja começou a se despir no quarto antes de entrar no banheiro de shorts e sutiã. Impressionados? RÁ! A dita cuja dormiu de calcinha. Tudo bem, vai, ela se cobriu toda com o edredom.
Mas sigamos para o segundo dia.
Mesmo esquema: acordamos na hora do almoço, comemos o 'toma-colesterol' do albergue (sanduíche com bacon até no guardanapo) e partimos pra romaria!
Pegamos o mapa do albergue e começamos a montar o intinerário. Primeiro lugar - Museu Nacional de Praga.
Tinha uma estrutura na entrada que parecia forte apache. Eu estava doido pra entrar e ver como era por dentro. Mas tinha que pagar. Então... passemos ao próximo ponto turístico.
Bom, ponto turístico ou não, seguimos andando por toda a extensão da avenida defronte ao Museu Nacional de Praga, atingindo a Praça Venceslau.
Em tempos de turbilhão, em épocas de Guerra Fria, ocorreu de um grupo de estudantes realizarem um pacto de morte: o objetivo era o de atearem fogo em seu próprio corpo como protesto a invasão da União Soviética e imposição do comunismo à então Tchecoslováquia. O estudante Jan Palach foi o primeiro, e devido ao horror e sofrimento assistido, o único dos estudantes que o fez. Há um monumento nessa praça em homenagem ao estudante.
Triste, corajoso, sofrido, martirizante.
E não é que as coisas mudam? Hoje, a Praça Venceslau é um templo do capitalismo. Lojas para todos os lados, pessoas carregando várias sacolas, ruas parecendo formigueiros.
Em se falando em comunismo, seguimos para o Museu do Comunismo. Pois é, existe um museu do comunismo em Praga. E, só pra constar, não recomendo. Hahahaha, por quê? Porque não há nada de interessante. Qualquer coisa você pode pegar no google. Trata de uma linha histórica contando de acontecimentos durante a Guerra Fria. Tem uns poucos itens lá, como uma sala de interrogatório, armas da época, material utilizado pelos astronautas em voos espaciais. Mas a verdade é que não tem muita coisa que chame a atenção.
Aliás, minto, tem sim: o Museu do Comunismo localiza-se no prédio de um cassino, acima de um McDonalds e tinha que pagar pra entrar, preço que achei bem caro comparado ao do Castelo de Praga. O comunismo está só na história que o museu conta...
Muito bem, do Museu do Comunismo seguimos para a Powder Gate e o Municipal House.
Dali fomos para a Old Town Square, e vimos mais uma loja de marionetes antes de passar pela Tyn Church.
Old Town Square. Também conhecida como Praça Carlos, é considerada pelos 'praguenses' a maior praça do mundo. Eu acho que tem uns pernambucanos morando lá...
Na Old Town Square encontra-se a Old Town, uma torre onde fica o tão famoso Relógio de Praga. A cada hora, uma exibição diferente:
Na volta para o albergue, uma curtida em Praga:
No caminho para o albergue, avistamos um prédio que me deixou curioso. Vimo-lo em algumas fotos, e, até então, não fazíamos ideia de onde ele estava. Foi ali, perto do albergue, que encontramos o dito cujo.
O dia terminou com um bom jantar, depois do brinde, claro. Dessa vez eu experimentei um prato típico da República Tcheca:
O dia acabou... Começou a noite.
Dessas vez, 'Éramos Seis': 3 americanos, sendo um cara e duas minas; e 3 brasileiros, sendo um caioca e dois paulistas. Wolpack formada, resolvemos arriscar e entrar no Absinthe Time Bar e procurar a Fada Verde. Infelizmente eu não levei a câmera e não pude filmar. Foi nossa primeira fada.
Dali, Neve Club. E lá pelas 0h, Karlov.
Voltamos para o albergue e aí foi engraçado. Bom, eu cheguei, peguei minha toalha, minha roupa e me assustei. Acontece que a tal da minha da cama de baixo, dessa vez, não estava envolta no edredom. Ela estava quase na tal da posição 'fetal', sendo que o rosto voltava-se para a parede... Entende? Não? Bom, ela estava com o tremendo busanfão virado para o meio do quarto. Até aí, sem problema. Mas talvez você tenha se esquecido que eu disse que ela dorme de calcinha!
Eu fui, tomei meu banho e subi na cama pra dormir. A bichinha ainda roncava pesado, putz!
Mas o engraçado foi quando o paulista entrou. O cara veio até o meio do quarto, colocou as coisas dele em cima da cama (celular, carteira, sei lá) e de repente se deparou com a imagem. O camarada ficou uns 10 minutos parado olhando fixamente para o alvo! Hahahahahaha. Eu em cima da beliche vendo aquilo e rindo baixo.
Na manhã seguinte eu encontrei com ele e perguntei se ele lembrava daquilo. Ele me disse que tinha ficado parado se decidindo 'Tiro uma foto ou não? Tiro uma foto ou não?'.
Paz e Prosperidade!
M. O-AK.